Os discursos de Barack Obama no Cairo e na sede da União Africana ficarão na História como um desafio muito inteligente para, entre outras levantes decisões, a melhoria da qualidade de vida e o avanço construtivo dos países árabes e africanos.
Por Domingos Kambunji
Os órgãos de comunicação social do MPLA tentaram ignorar a mensagem que Obama dirigiu aos chefes de Estado das ditaduras em África, comandantes-chefes do nepotismo e corrupção. O ex-presidente dos EUA apontou as causas de tanta miséria provocada pelas oligarquias feudais que controlam esses países.
Angola é um dos exemplos mais humilhantes no desrespeito pela dignidade humana. O governo angolano serve-se dos órgãos de informação oficiais para pintar uma imagem cor-de-rosa da estrumeira que se adensa e espalha em todo o território nacional.
Já está demasiado gasta a estratégia da agressão deslocada. O regime de sua majestade o rei José Eduardo tenta disfarçar as suas incompetência e megalomania boçais culpando os outros (que podem ser pessoas, países ou a crise internacional).
Os órgãos de informação e propaganda do Estado angolano, propriedade do MPLA, estão exageradamente povoados e parasitados por Guilherminos Albertos, Ribeiros, Eleazares, Vitinhos Carvalho, megafones desafinados, bocas e barrigas de aluguer, que obedecem ao lamiré da música, já muito velha e gasta do rei aquém o nosso Povo chama, na sua perene sabedoria popular, Zé Jacaré.
Estes Guilherminos vieram esta semana a terreiro para criticarem o decreto contra a imigração de Donald Trump, relembrando que “mais de um terço dos norte-americanos que receberam prémios Nobel nasceram fora dos EUA”. Nós também criticamos essa ordem presidencial. Eis uma boa sugestão para lançar uma pergunta pertinente: quantos chineses, cubanos, portugueses, libaneses, vietnamitas ou norte-coreanos, imigrantes em Angola, foram vencedores de um dos prémios Nobel?
Timor-Leste tem dois vencedores desse prémio (Carlos Filipe Ximenes Belo e José Ramos-Horta), por lutarem pela independência do país e pela democracia no território! Em Angola os que lutam pela democracia são acusados e condenados, pelo Sistema Judicial Presidencial, por pertencerem a Organizações de Malfeitores.
Esta demagogia dos megafones do MPLA não arrelia porque, na realidade, é demasiado evidente a demonstração da tanta boçalidade. Não devemos rir, por uma questão de respeito pela dignidade, dos pensamentos destes angolanos que sofrem do mal de apresentarem atrasos no desenvolvimento do processamento mental e na visão.
A verdade é que estes guilherminos, por miopia, cobardia ou por paranóia, têm um enorme receio de verem a sua imagem no espelho e de observarem honestamente o retrato do tecido social angolano.
Há indicadores que referem a grande frustração de Donald Trump por se encontrar impossibilitado de governar os EUA da mesma maneira que Zé Jacaré governa Angola e Putin é czar na Rússia.
O decreto sobre imigração do Donald Trump foi suspenso por ordem do Sistema Judicial, porque o Presidente não é Rei e não está acima da Lei. Aconteceu o mesmo com algumas “ordens superiores” de Barack Obama.
Em Angola, nas últimas quatro décadas, quantos decretos do Rei Zé foram suspensos por estarem feridos de inconstitucionalidade? Vá lá… digam a verdade. Já se esqueceram, entre muitíssimos outros casos, da nomeação da princesa Isabelinha, vendedora de ovos e de cerveja, para Presidenta da Sonangol?